Se me detém o tempo ao olhar-te aos olhos,
a eternidade não é suficiente para contemplar-te,
admirar-te é prolongar a vida sem medo ao destino,
é não sentir o coração que bate em tuas mãos,
é caminhar pelos caminhos compreendendo o amor,
sentir fogo no peito sentindo o prazer de queimar-se.
Olhar-te é compreender os segredos do Universo,
crer encontrar a pureza e tomá-la da mão,
atravessar os céus e ver as estrelas no dia,
viver um segundo eterno transportando-se ao paraíso,
é a história já contada de um acontecimento não sucedido,
não implica raciocínio, é o motivo abstrato do desejo.
É ver um anjo suspirando no imenso céu,
é sentir livre ao coração e a paixão de suas palavras,
voar imaginando o doce sabor de teus lábios,
descobrindo o verdadeiro motivo de ter nascido,
encher-te de miradas com os olhos para amar-te,
ficar preso sem correntes de cada traço de seu corpo.
Esquecer-me das fronteiras e de todos os preconceitos,
percorrer com delicada sutileza cada rincão de tua pele,
escutar a melodia do vento que te traz até meu,
navegar com os olhos fechados imaginando teu aroma,
extasiar meu coração de latidos ao imaginar-te aqui,
já não é um sonho é o sublime prazer de olhar-te.
Fer Ferrer
Poeta e novelista
Poema Registrado
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